O plano conta com a expectativa de que a fonte fotovoltaica passará por uma expansão considerável devido ao desenvolvimento de sua competitividade
De acordo com as expectativas do Plano Nacional de Energia (PNE 2050), em 2050, a capacidade instalada da geração solar fotovoltaica centralizada alcançará entre 27 a 90 GW e entre 8 a 26 GW médios em termos de energia. No dia 16 de dezembro, em colaboração com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou o plano.
O estudo prevê uma expansão considerável da fonte fotovoltaica devido ao desenvolvimento de sua competitividade, fazendo com que a tecnologia continue conquistando relevância na matriz elétrica. A fonte corresponde a, aproximadamente, 5% a 6% do total de capacidade instalada e, desconsiderando a parcela de geração distribuída (GD), 4% a 12% da energia total em 2050.
O PNE 2050 aponta que esse crescimento acontecerá de maneira mais intensa no momento em que a fonte solar possuir maior competitividade, ou seja, nas últimas décadas do horizonte. Além disso, salienta que a fonte solar irá ocupar, em termos de capacidade instalada, a posição das usinas hidrelétricas. Isso porque o avanço das usinas encontra-se restrito por diversas razões, tais quais questões legais e reflexos de mudanças climáticas.
Ademais, o documento faz algumas recomendações, como agregar melhorias às pesquisas socioambientais relacionadas à fonte solar; elaborar novas tecnologias, ferramentas e modelos de empreendimentos para gestão operacional do sistema elétrico e previsão da geração fotovoltaica; incorporar o planejamento de avanço da transmissão e panoramas da expansão dessa geração; e combinar com atores setoriais e governamentais a ação de destinar a regulação voltada para a reciclagem dos itens do sistema solar fotovoltaico.
Diante da GD, considerando a reavaliação do procedimento de compensação para micro e minigeradores no início da década de 2020, com a imposição de tarifas binômias para novos equipamentos desse tipo, além dos determinantes econômicos – como o aumento expectativa de redução das despesas com as tecnologias e o aumento da renda familiar –, o Plano calcula que, em 2050, o setor irá atingir um valor entre 28 GW e 50 GW. Este número simbolizaria entre 4% a 6% do valor da carga total.
A pesquisa também indica que a fonte solar seria um dos principais pilares que sustentam o esqueleto da GD, correspondendo a pouco mais de 85% da capacidade instalada no fim do horizonte. Esse fato se deve a sua modularidade, redução de custos e à expansão da tecnologia na sociedade.