Segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em janeiro de 2021, a geração de energia solar fotovoltaica atingiu um crescimento de 18,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados da entidade apontam que a fonte chegou aos 705 megawatts (MW) médios no primeiro mês do ano, ao passo que, no mesmo período de 2020, foram produzidos 593 MW médios.
A geração de energia elétrica brasileira, no total, registrou uma alta de 1,9% no mês, com acréscimo de 98,6% das usinas eólicas. De acordo com a CCEE, esse crescimento significativo é fruto do aumento da capacidade instalada da fonte de um ano para outro, além da conjuntura meteorológica que fez com que a geração das eólicas da região Nordeste fosse muito menor do que se esperava para janeiro de 2020.
Já as hidrelétricas passaram por uma redução de 9,3%, enquanto as térmicas tiveram um aumento de 18%. A câmara destaca que, em comparação com janeiro de 2020, a usina de Belo Monte gerou 56% a menos de energia. Isso foi ocasionado pelas restrições operativas definidas para sua defluência.
No início de 2020, a hidrelétrica, situada no Rio Xingu, era responsável por 6,4% da produção no Sistema Interligado Nacional (SIN). Já em janeiro deste ano, passou a responder por apenas 2,7%.
Diante do consumo de energia elétrica do Brasil, as maiores altas foram evidenciadas em segmentos classificados como eletrointensivos, mostra boletim da CCEE. Em comparação com o mesmo período de 2020, o setor de extração de minerais metálicos passou por um crescimento de 16,6%. Seguindo essa perspectiva, o setor têxtil apresentou um aumento de 12,1%, seguido pelos minerais não metálicos (10,6%) e pela metalurgia e produtos de metal (6,9%).
A CCEE destaca que esse aumento ganha maior evidência ao levar em conta que não houve grande apreensão com os reflexos negativos da Covid-19 no país em janeiro de 2020.
Na outra ponta do ranking, o mercado de serviços mostrou uma redução de 9,6%. No setor de transporte, a quantidade consumida diminuiu 6,8%. A Câmara analisa que, levando em conta o período de férias escolares, tais segmentos continuam muito impactados pela lenta recuperação dos efeitos da pandemia. Outros campos que passaram por uma redução foram os alimentícios (-2,8%), telecomunicações (-2,9%) e comércio (-4,4%).