Conforme o levantamento, a fonte solar marcou 649 megawatts (MW) médios no período, ao passo que, na mesma época de 2020, registrou apenas 587 MW médios
Segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração solar fotovoltaica cresceu 10,7% na primeira quinzena de fevereiro, marcando 649 megawatts (MW) médios no período. Já na mesma época de 2020, registrou somente 587 MW médios.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, as gerações eólica e térmica cresceram, respectivamente, 55,2% e 29,2%. Já a geração de usinas hidráulicas passou por uma queda de 8,7%. De acordo com a CCEE, na primeira quinzena de fevereiro de 2021, a geração e o consumo de energia elétrica do Brasil permaneceram praticamente constantes, com um pequeno acréscimo de 0,1% em relação à mesma época de 2020.
O Ambiente de Contratação Regulada (ACR) sofreu uma queda de 2,7% diante do mesmo período do ano passado, ao passo que Ambiente de Contratação Livre (ACL) passou por um aumento de 6,3%. Conforme a Câmara, a migração de consumidores entre mercados foi responsável por incentivar parte dos resultados. Desconsiderando essa questão, o ACL cresceu aproximadamente 1,3%, enquanto o ACR caiu 0,5%.
A análise dos setores econômicos realizada pela CCEE indica que os segmentos ligados ao comércio exterior e à indústria preservaram um crescimento, como nos seguintes campos: setores químicos (3,5%), metalurgia e produtos de metal (4,1%), minerais não metálicos (6,8%) e setores de extração de minerais metálicos (7,7%). As porcentagens desconsideram as implicações das novas cargas que passaram a integrar o mercado livre no último ano.
As atividades associadas à economia interna, como serviços e transporte, sofreram uma redução em comparação com fevereiro do último ano, de 9,5% e 8,3%, respectivamente. A Câmara também pontua que os segmentos estão associados ao Carnaval, o qual foi suspenso na maior parte das cidades.
O submercado Sul, na avaliação regional, apresentou uma queda de 4,7%. Entre as maiores variações negativas estão: Amapá (-25%), Distrito Federal (-22%) e Rio Grande do Sul (-17%). Já o submercado Norte passou por um acréscimo de 3%. A CCEE destaca que, devido ao fato da coleta ser preliminar, as porcentagens foram diretamente influenciadas pela falta de dados de mediação para o período.
Além disso, o levantamento aponta que, respondendo a 52% do consumo do Norte e registrando um crescimento de 9%, o estado do Pará é um destaque positivo. Técnicos da CCEE notaram que, ao realizarem uma análise mais minuciosa desse estado, os principais responsáveis por essa alta foram os produtos de metal e os setores de extração de minerais metálicos e metalurgia, com aumento de 5,8% e 16,4%, respectivamente. Esses segmentos, quando somados, são responsáveis por 48% do consumo total.